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Seguradoras acompanham reunião do G7, que discute vacinação, economia e mudanças climáticas

Sonho Seguro - 11 de Junho de 2021
Começa nesta sexta-feira (11) a conferência do G7, grupo formado pelos líderes do Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos. Na Baía de Carbis, na Cornualha, a quase 500 km de Londres, eles devem discutir ao longo de três dias questões como a vacinação, a recuperação da economia global após a pandemia, mudanças climáticas e como lidar com a China e a Rússia. Esses assuntos são prioritários na agenda do mercado segurador mundial, que acompanhará as discussões do G7.

“A emergência da pandemia também acelerou a mobilização internacional para medidas de prevenção de doenças a longo prazo e preservação ambiental. Tudo isso é matéria própria do setor de seguros. A mitigação de riscos de doenças, contágios, inundações, incêndios e outros eventos da natureza agravados pela ocupação sem disciplina fazem parte do foco permanente e do dia a dia das seguradoras”, afirma Marcio Coriolano, presidente da CNseg, a Confederacao das Seguradoras, ao blog Sonho Seguro.

O Relatório de Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial produzido em parceria com a Marsh McLennan e Zurich, revelou que os 4 principais riscos por probabilidade e 3 dos 5 principais riscos por gravidade de seu impacto estão relacionadas ao clima e ao meio ambiente.

O fracasso em agir contra as mudanças climáticas está prestes a se tornar a próxima grande “pandemia” na sociedade. “Nosso futuro passa necessariamente pela resiliência climática, e todos nós, indivíduos, governos e empresas, fazemos parte da solução. A colaboração entre os setores público e privado é fundamental para minimizar este risco, de grande probabilidade e impacto catastrófico”, afirma Flávio Ruiz, líder da Marsh Risk Consulting no Brasil, em comunicado.

Aumento do risco e pressão socioeconômica também trazem oportunidades

A mudança climática está redesenhando o cenário de risco e os desafios para empresas, governos e instituições financeiras são enormes. Além disso, a pressão de investidores, acionistas, ativistas sociais e consumidores em relação às estratégias de sustentabilidade das empresas continua crescendo exponencialmente. “Assim, os relatórios ESG sobre os aspectos ambientais, sociais e de boa governança de uma empresa estão ganhando cada vez mais peso em relação aos puramente financeiros. As pessoas querem saber se as empresas estão sendo, ou querem ser, parte do problema ou da solução”, acrescenta Ruiz.

Mas, ao mesmo tempo, este grande desafio global está criando novas oportunidades para as empresas, desde motivar e atrair talentos, aumentar a eficiência dos recursos, desenvolver novos bens e serviços de baixo carbono e fornecer maior valor aos stakeholders e às comunidades.

Diante desse novo panorama, as empresas devem colocar no centro de sua estratégia a construção de uma verdadeira resiliência climática com uma forte liderança corporativa, capaz de gerenciar o risco de forma integral. “Antecipar o risco, quantificar o seu impacto nas diferentes áreas de negócio, bem como as possíveis perdas associadas, é a chave para esse futuro sustentável que todos almejamos”, diz o especialista.

Embora a mudança climática exija ação imediata, é verdade que muitos governos priorizarão a recuperação econômica da pandemia ou a transição tecnológica. Assim como a COVID-19, os impactos das mudanças climáticas serão diferentes por país, mas é importante considerar que uma mudança em direção a uma produção e consumo mais verdes não pode ser adiada até que as economias se recuperem. “Mais uma vez, a colaboração público-privada se torna a chave para gerenciar com eficiência os riscos climáticos”, complementa.