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Pronampe vai impulsionar receita com seguro prestamista, diz Caixa Seguridade

“Com o Pronampe, o prestamista passa a ser uma parte importante do foco de crescimento”, afirmou o CEO André Nunes

Valor Econômico - 17 de Agosto de 2022

O retorno do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), linha de crédito voltada para microempreendedores individuais (MEI), micro e pequenos empreendedores, vai impulsionar o seguro prestamista na Caixa Seguridade, avaliou o CEO da holding, André Nunes, durante teleconferência. “Com o Pronampe, o prestamista passa a ser parte importante do foco de crescimento”, afirmou o executivo. O Pronampe se tornou um programa permanente, com sua volta em 25 de julho.

Segundo o executivo-chefe financeiro (CFO) e de relações com investidores, Eduardo Oliveira, “vemos um impacto do programa de forma muito positiva no segundo semestre e para os próximos anos, levando em conta o fato de ter se tornado permanente”.

Oliveira também ressaltou ver impacto positivo para a proteção de operações de crédito vindo do empréstimo consignado de quem recebe o novo Auxílio Brasil. “Mas é preciso reforçar que são créditos com tíquetes mais baixos e, por isso, o efeito é mais incremental do que determinante para o resultado do seguro prestamista”, avaliou.

No segundo trimestre deste ano, o produto teve crescimento de 9,1% ante o mesmo período de 2021, com prêmios de R$ 588 milhões, a segunda maior da Caixa Seguridade. O principal ramo ainda é o habitacional, que arrecadou R$ 727,3 milhões em prêmios, alta anual de 6,1%.

A holding de seguros, previdência privada, consórcio e capitalização da Caixa fechou o segundo trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 680,76 milhões, alta de 59,6% frente ao mesmo período de 2021 e subida de 22,2% na comparação trimestral. Trata-se, segundo a companhia, do maior resultado trimestral na história do grupo.

No acumulado da primeira metade de 2022, o lucro atingiu R$ 1,2 bilhão, com uma alta anual de 44,2%. O resultado financeiro ficou em R$ 21,3 milhões, aumento de 770,3% no comparativo com o segundo trimestre de 2021 e de 51,6% frente aos três primeiros meses de 2022.

De acordo com o CFO do grupo, o resultado financeiro tende a aumentar nos próximos trimestres após um processo de rebalanceamento de carteiras. Conforme Oliveira, na visão agregada de todas as seguradoras da holding, 75% dos portfólios são compostos por títulos prefixados.

Além disso, pontuou o executivo, 80% desse conjunto tem vencimento até o primeiro semestre do ano que vem. “A velocidade de migração de títulos prefixados para novos papéis com características e taxas mais favoráveis vai atingir a máxima até o ano que vem. A taxa média das carteiras está um pouco abaixo da Selic.

Na medida que os títulos forem vencendo vamos substituir por outros com taxas mais altas, o que vai melhorar a expectativa do resultado financeiro no futuro”, disse. Sobre dividendos, o CEO explicou que a holding pretende manter o patamar atual de distribuição de 90% de proventos. “Temos expectativa de manter o patamar histórico de 90% de ‘payout’.”