Nomes que fizeram a história do Seguro
Francisco Heribaldo Kenworthy
Executivo da Companhia Garantia Industrial Paulista, defendeu os interesses do Sindicato junto ao governo desde 1938, antes mesmo dele ser oficializado. Por esse motivo, em 1941, foi escolhido para ser presidente do Sindseg, agora oficializado.Vicente de Paulo Silvado Alvarenga
Profissional da Companhia Americana de Seguros, foi presidente nos dois anos anteriores à oficialização do sindicato (39 e 40), já que vinha contribuindo no meio associativo segurador desde a criação do “Comitê Mixto Paulista”, no início da década de 1920. Alvarenga entrou para a história do mercado como o primeiro presidente do Sindicato – há inclusive uma foto dele, na sede atual da entidade, onde estão expostos os quadros com fotos de todos os ex-presidentes – e continuou, por mais um bom tempo, emprestando sua experiência e traquejo político em benefício do setor.Considerado um ótimo orador e também escritor – assinou diversos artigos ao longo de sua carreira – tinha uma habilidade nata para criticar sem ofender e elogiar sem ser subserviente, ele equilibrava, com maestria, o orgulho e a humildade.Foi orador do famoso almoço em homenagem à nomeação de Dalton de Azevedo Guimarães para integrar o Conselho Técnico de IRB-Brasil Re no biênio 1954/1955.
Sebastião de Almeida Prado
Eleito presidente do Sindseg em 1943, encontrou o Sindseg SP e o mercado segurador paulista mais amadurecidos e ajudou a intensificar esse movimento. Segundo dados do DNSPC publicados na Revista Seguros, em 1943 foram emitidas, no Brasil, 67.867 apólices de seguros de acidentes pessoais, somando prêmios da ordem de Cr$ 13.000.000,00*. Deste total, o Estado de São Paulo respondeu pela maior participação, com Cr$ 4.080.204,50*.Antonio Alves Braga
Assumiu a presidência do sindicato em 1947, quando encaminhou ao Congresso Nacional um memorial discorrendo sobre os equívocos na proposta do governo de transferir o seguro de acidentes do trabalho para as caixas e institutos de previdência social. O documento estava fundamentado em pontos como a inconstitucionalidade de alguns artigos e o desvirtuamento da finalidade dos institutos de aposentadoria e pensões. O Sindseg SP encaminhou o documento conjuntamente com o Sindicato dos Corretores e o Sindicato dos Empregados de São Paulo. Isso só foi possível por meio de uma articulação bem sucedida e, naquele momento, os planos do governo foram estancados.Foi o presidente mais longevo a comandar o Sindicato de forma ininterrupta, permanecendo no cargo de 1946 a 1954. A permanência de Alves Braga por oito anos à frente do Sindseg SP teve estreita relação com sua capacidade de articulação e mobilização, bem como de toda sua diretoria.
Dalton de Azevedo Guimarães
Secretário do Sindseg que, em fevereiro de 1954, foi nomeado por Getúlio Vargas para integrar o Conselho Técnico de IRB-Brasil Re no biênio 1954/1955. O fato foi uma conquista importante do sindicato e espelhava também a importância do mercado segurador paulista no cenário nacional. Foi a primeira vez que um representante de São Paulo integrou o Comitê Técnico do Instituto de Resseguros. Foi organizado um almoço, no Automóvel Clube de São Paulo, naquela época um dos locais de maior prestígio na capital.Humberto Roncarati
Foi eleito presidente em 1954, quando era o principal executivo da Companhia Piratininga de Seguros. Deu mais dinamismo às atividades do Sindicato, contribuiu para o desenvolvimento do mercado segurador paulista e ampliou a qualificação dos profissionais do setor. Todas as pessoas que tiveram o prazer de conviver com ele o definiram como “um mestre do seguro, sempre disposto a ensinar o que sabia”.Ainda em 1954, ofereceu um jantar, realizado no salão nobre do Automóvel Clube de São Paulo, para homenagear o diretor-geral do Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização (DNSP), Amilcar Santos, que estava em visita a São Paulo. A deferência de Roncarati para com o diretor-geral do DNSPC rendeu bons frutos, pois, a partir de então, Amilcar Santos passou a prestigiar as atividades realizadas pelo Sindseg SP. Por meio de sua coordenação, foi realizada em São Paulo a II Conferência Brasileira de Seguros Privados, entre 12 e 16 de setembro de 1955. A primeira conferência havia sido realizada no Rio de Janeiro, dois anos antes.
No final da década de 70, a pedido de Humberto Roncarati, a advogada Therezinha de Jesus Corrêa, que trabalhava com ele na Piratininga Companhia de Seguros Gerais, liderou um grupo de advogados que produziu um documento para tentar dissuadir o ministro Jarbas Passarinho em ir adiante com a proposta de estatização dos seguros de acidente de trabalho. Mas Passarinho nem se dignou a ler o documento e a carteira de seguro de acidente do trabalho, um grande filão para algumas companhias seguradoras, foi para as mãos do governo.
Walmiro Ney Cova Martins
Walmiro Ney Cova Martins (Tokio Marine Seguradora) também destacou-se como um dos presidentes mais longevos do Sindseg SP. No total, foram três mandatos. O primeiro, de 1968 a 1971, e outros dois consecutivos entre 1977 e 1983.Mudou, com a ajuda de Pedro Pereira de Freitas e Luiz Campos Salles o formato das conferências do setor que, naquela época, limitavam-se à apresentação e discussão de teses. Conseguiram levar para a conferência, em 1977, dois ícones do mercado publicitário – Roberto Duailibi, o “D” da agência DPZ, e Alex Periscinoto, um dos fundadores da Almap.
Roberto Luz
Em 1965 foi tomada a decisão de contratar um profissional para trabalhar em tempo integral no Sindseg SP, que ficaria responsável pelo dia a dia da entidade – redigir as atas das reuniões, agendar e acompanhar as reuniões dentro e fora do sindicato, cuidar do caixa, buscar e compartilhar informações com as empresas do setor e demais entidades de classe, e monitorar as novidades sobre o mercado, mantendo assim a diretoria a par de todas as novidades. Em resumo, havia a necessidade de um secretário-geral, alguém que pudesse “respirar” 24 horas por dia o que acontecia no setor e no Sindseg SP.O nome escolhido para conduzir esse trabalho foi o de Roberto Luz. A escolha foi mais do que acertada. Ele negociava com o sindicato dos securitários, “brigava” para conseguir espaço na agenda de autoridades públicas com as quais o Sindseg SP precisava conversar, redigia minutas de projetos e propostas ao governo, etc. Mais do que participar das atividades de rotina, o secretário-geral passou a orientar os passos do Sindicato, pois se transformou na “história viva” da entidade. Foram 38 anos dedicados à entidade.
Jayme Garfinkel
Foi eleito presidente em 1989. Acompanhado de outros seguradores, Jayme Garfinkel foi até Brasília conversar com a então ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello. O objetivo do encontro era tentar convencer a ministra de liberar as reservas técnicas das companhias seguradoras, que haviam sido congeladas. Zélia não descongelou as reservas. Menos de um ano depois Zélia foi substituída no Ministério da Fazenda por Marcílio Marques Moreira.Antonio Carlos Pereira de Almeida
Executivo da Companhia Paulista de Seguros, foi presidente do Sindseg SP de 1995 a 1998. Sob sua gestão o Sindseg SP, em conjunto com a Fenaseg (sob o comando de João Elísio Ferraz de Campos), coordenou a contratação de um estudo para mapear as principais mudanças e impactos para o setor. O resultado do estudo detectou que havia a necessidade de as empresas investirem em metodologia e processos para fazer frente à concorrência. Os resultados foram apresentados em diversos Estados e, com isso, houve tempo para as empresas se reorganizarem. Investimentos de peso foram feitos por praticamente todas as empresas.Durante a gestão de Antonio Carlos, o Sindseg SP também promoveu uma série de ações e parcerias, em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e outras entidades de classe do setor, com o objetivo de reduzir o número de roubos de veículos e de cargas.
Paulo Marraccini
Paulo Marraccini, da AGF Brasil (atual Allianz), foi responsável pela reforma e pela modernização das instalações, também sugeriu e obteve aprovação para mudar um item importante no estatuto da entidade: ampliar a representatividade das seguradoras dentro do Sindseg SP. Para tal, o número de diretores foi ampliado de sete para 14.Um primeiro passo para ampliar a representatividade e o intercâmbio de informações entre as seguradoras foi dado com a criação de diversas Comissões Técnicas. A partir daí, a frequência de profissionais do mercado nas instalações do Sindicato passou a ser maior, com a presença de especialistas das mais diversas áreas, discutindo temas específicos, apresentando propostas e municiando as seguradoras com dados importantes para o dia a dia das operações. Uma delas, bastante atuante até hoje, é a de Sinistro de Automóvel. Com o trabalho voltado para a redução do número de sinistros e de fraudes com veículos, a Comissão envolve a Polícia Militar, Civil, Ministério Público e outras entidades de classe.
Marraccini presidiu o Sindseg SP em dois mandatos. O primeiro foi de 1998 a 2001, e o segundo de 2004 a 2007. Entre as diversas realizações coordenadas por ele, merece destaque o início de um dos mais bem sucedidos projetos para ampliar o conhecimento da população sobre seguros. Por meio de uma parceria que existe até hoje com o Sindicato dos Corretores de Seguro de São Paulo (Sincor-SP), foi desenvolvido um programa para levar às escolas estaduais informações sobre seguros de forma geral, focando em aspectos sobre como o seguro pode diminuir perdas e garantir patrimônios e pessoas e como cada cidadão pode se planejar para se proteger. Batizado de “Educar para Proteger”, desde o seu lançamento em 2006, mais de três mil palestras foram realizadas em salas de aulas de 21 cidades do Estado de São Paulo, atingindo aproximadamente 90 mil alunos.
Casimiro Gomez
Embora poucas pessoas saibam, o Disque Denúncia, serviço que permite a qualquer cidadão denunciar crimes de toda natureza de forma anônima, teve desde o seu início um envolvimento direto do Sindicato. O projeto foi desenvolvido pelo Instituto São Paulo Contra a Violência (ISPCV), do qual Casimiro era um dos diretores, e foi apoiado pelo então governador de São Paulo, Mário Covas, que tinha todo o interesse em implantá-lo por meio de uma parceria do governo com o Instituto, mas faltavam recursos. O Sindseg SP, com o apoio da Fenaseg, junto de BM&FBovespa, Federação das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo (FETCESP), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Federação do Comércio de São Paulo (FecomercioSP) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), abraçaram o programa e, até hoje, todas essas entidades mantêm o serviço prestado pela central de atendimento. Vale lembrar que o ISPCV foi fundado em 1997, após a mobilização da Fundação Roberto Marinho, com o apoio técnico do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo.Fernando Simões
Fernando Simões chegou em 2003 como secretário geral e o Sindseg contou com seu apoio para promover a mudança na logomarca e sugerir inovações na forma de interação com seus associados, órgãos públicos, outras entidades de classe e a sociedade em geral. Alguns meses depois, foi apresentada a nova marca do Sindseg SP, mantida até hoje, na qual um semicírculo vermelho “abraça” as letras SP, iniciais do Estado de São Paulo. O relacionamento com os diversos públicos, por sua vez, foi intensificado por meio do uso da internet e de outras ferramentas.Mauro Batista
Presidente de 2007 até a atualidade (2012), Mauro Batista, da Mapfre Seguros, tem 35 anos de experiência no mercado. Sob sua direção, o Sindicato deu continuidade e intensificou as atividades voltadas para estreitar o relacionamento com os outros segmentos do setor – em especial, o corretor de seguros –, com os outros segmentos da sociedade em geral e com o poder público. O principal objetivo dessa iniciativa é propagar a instituição do Seguro e valorizá-la sob todos os aspectos, demonstrando a sua importância e o quanto ela é imprescindível ao mundo moderno. Programas de parceria e intercâmbio com entidades representativas do poder público e da iniciativa privada foram firmados e tendem a crescer e consolidar-se, de modo que o seguro seja cada vez mais conhecido e utilizado.Uma das características da gestão de Mauro Batista é a busca por oportunidades nos mais diversos fóruns para abordar o tema, enfatizando que “o seguro é um bem necessário”. Empenhado em difundir a cultura do seguro, Mauro Batista firmou uma parceria com o Sincor-SP em moldes parecidos com os do projeto “Educar para Proteger”. Batizado de “Seguro em Todo o Estado”, seguradores e corretores, juntos, promovem encontros em diversas cidades do Estado com formadores de opinião, empresários, advogados, engenheiros, médicos e autoridades locais para incentivar a cultura do seguro, levando uma visão panorâmica da solidez e os benefícios do mercado segurador brasileiro. Entre 2008 e o primeiro semestre de 2012, o programa “Seguro em Todo o Estado” percorreu 16 cidades, reunindo aproximadamente seis mil pessoas