Economia do Seguro
Mestre em Economia (FGV); membro da ANSP (Academia Nacional de Seguros e Previdência); autor do livro “Economia e Seguro – Uma Introdução” (3ª edição); coordenador da Revisão do Dicionário da Funenseg, em 2011; professor do MBA-Seguro e Resseguro (FUNENSEG); sócio da empresa Rating de Seguros Consultoria (www.ratingdeseguros.com.br).
Em 10 anos, seguro saúde se tornou líder no faturamento... 18 de maio de 2017
Comentários Econômicos - 21/06/2017
Prezados Senhores,
Para conhecimento e para pensar...
A tabela resume a evolução do faturamento do mercado segurador brasileiro em dois anos distintos – 2006 e 2016 -, separando por tipos de ramos de seguros.
Ramos (R$ milhões) |
2006 |
2016 |
Auto (sem DPVAT) |
13.338 |
32.560 |
Pessoas (sem VGBL) |
9.404 |
34.231 |
Saúde |
9.112 |
36.030 |
Patrimonial |
4.993 |
12.964 |
Demais |
7.108 |
16.356 |
Total |
43.955 |
132.141 |
Ramos (Composição %) |
2006 |
2016 |
Auto (sem DPVAT) |
30% |
25% |
Pessoas (sem VGBL) |
21% |
26% |
Saúde |
21% |
27% |
Patrimonial |
11% |
10% |
Demais |
16% |
12% |
Total |
100% |
100% |
Ramos (Evolução) |
2006 |
2016 |
Auto (sem DPVAT) |
100 |
244 |
Pessoas (sem VGBL) |
100 |
364 |
Saúde |
100 |
395 |
Patrimonial |
100 |
260 |
Demais |
100 |
230 |
Total |
100 |
301 |
A partir daí, podemos concluir:
Em 2016, o setor de seguros faturou R$ 132 bilhões - sem considerar a receita do seguro DPVAT e do VGBL. Em 2006, esse número foi R$ 44 bilhões. Ou seja, no período, uma evolução de 200%.
Como comparação, nesse mesmo período, o IGPM cresceu 89%; o IPCA, 82%; o dólar comercial, 60%. Ou seja, o mercado de seguros brasileiro superou com folga esses indicadores.
Porém, esse aumento não foi uniforme. O seguro saúde cresceu 295%, o seguro de pessoas variou 264%, enquanto que o seguro de automóvel variou 144%.
Essa diferença de taxas resultou em mudanças nas posições dos ramos. Em 2006, o automóvel liderava o setor com 30% do total da receita. No ano passado, o valor foi 25%. Nesse mesmo período, o segmento de pessoas passou de 21% para 26%. O destaque foi para o seguro saúde, de 21% para 27%.
Cordialmente,
Francisco Galiza
www.ratingdeseguros.com.br
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