Economia do Seguro


Francisco Galiza
Francisco Galiza

Mestre em Economia (FGV); membro da ANSP (Academia Nacional de Seguros e Previdência); autor do livro “Economia e Seguro – Uma Introdução” (3ª edição); coordenador da Revisão do Dicionário da Funenseg, em 2011; professor do MBA-Seguro e Resseguro (FUNENSEG); sócio da empresa Rating de Seguros Consultoria (www.ratingdeseguros.com.br).

Em 10 anos, seguro saúde se tornou líder no faturamento... 18 de maio de 2017

Comentários Econômicos - 21/06/2017


 

Prezados Senhores,

Para conhecimento e para pensar...

 

A tabela resume a evolução do faturamento do mercado segurador brasileiro em dois anos distintos – 2006 e 2016 -, separando por tipos de ramos de seguros.

  

Ramos (R$ milhões)

2006

2016

Auto (sem DPVAT)

13.338

32.560

Pessoas (sem VGBL)

9.404

34.231

Saúde

9.112

36.030

Patrimonial

4.993

12.964

Demais

7.108

16.356

Total

43.955

132.141

Ramos (Composição %)

2006

2016

Auto (sem DPVAT)

30%

25%

Pessoas (sem VGBL)

21%

26%

Saúde

21%

27%

Patrimonial

11%

10%

Demais

16%

12%

Total

100%

100%

Ramos (Evolução)

2006

2016

Auto (sem DPVAT)

100

244

Pessoas (sem VGBL)

100

364

Saúde

100

395

Patrimonial

100

260

Demais

100

230

Total

100

301

 

 

A partir daí, podemos concluir:

Em 2016, o setor de seguros faturou R$ 132 bilhões - sem considerar a receita do seguro DPVAT e do VGBL. Em 2006, esse número foi R$ 44 bilhões. Ou seja, no período, uma evolução de 200%.

 

Como comparação, nesse mesmo período, o IGPM cresceu 89%; o IPCA, 82%; o dólar comercial, 60%. Ou seja, o mercado de seguros brasileiro superou com folga esses indicadores.

 

Porém, esse aumento não foi uniforme. O seguro saúde cresceu 295%, o seguro de pessoas variou 264%, enquanto que o seguro de automóvel variou 144%.

 

Essa diferença de taxas resultou em mudanças nas posições dos ramos. Em 2006, o automóvel liderava o setor com 30% do total da receita. No ano passado, o valor foi 25%. Nesse mesmo período, o segmento de pessoas passou de 21% para 26%. O destaque foi para o seguro saúde, de 21% para 27%.

 

Ou seja, em 10 anos, o ramo de saúde se tornou líder no faturamento no mercado segurador brasileiro!

 

Cordialmente,

 

Francisco Galiza

 

www.ratingdeseguros.com.br

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