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Tokio Marine se especializa em seguro de vida e quer liderar o segmento

Sonho Seguro - 28 de Março de 2025
A Tokio Marine deixou claro que quer ser uma das principais seguradoras de vida, depois de ter conquistado as primeiras colocações nos rankings de automóvel, transporte, responsabilidades e riscos especiais, com faturamento de R$ 13,4 bilhões em 2024. “A Tokio Marine cresceu 17,56% ao ano desde 2011. É uma performance extraordinária”, contou o CEO José Adalberto Ferrara. “E queremos avançar em vida, pois nos tornamos especialistas com a ajuda de vocês”, disse, apontando para os 280 parceiros comerciais que lotaram o auditório do Tokio Marine Hall, em São Paulo.

Ferrara argumenta que há muito a ser explorado no Brasil para o avanço da carteira de seguro de vida. O desafio é crescer 7% acima do PIB nos próximos seis anos, como prevê o Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros (PDMS), divulgado pela CNseg, a Confederação das Seguradoras. Isso significa crescer 14% ao ano até 2030. “É realmente um desafio, mas é possível. A Tokio Marine já cresce 20% no primeiro bimestre, com a ajuda de todos os corretores. E todas as seguradoras estão comprometidas a atingir a meta do estudo desenvolvido pela CNseg, a confederação das seguradoras”, frisou.

Priorizando a carteira de pessoas, Goldman contou que vida representava 7% da carteira de pessoas em 2004, contra 10,4% de auto. Em 2019, houve a virada, com vida representando 43,3%, contra 36% da carteira de automóvel. Em 2024, os percentuais foram de 72,7% para vida contra 57,5% da carteira de auto. “Acredito que essa tendência deve continuar, com a carteira de vida crescendo mais do que auto. Hoje, apenas 17% da população faz seguro de vida no Brasil. Nos EUA, esse número chega a mais de 50%. Imaginem o potencial desse segmento”, frisou.

Goldman afirma que a Tokio Marine é especialista em vida, mesmo sendo uma seguradora multiproduto. “Atuamos em seguros coletivos e seguros individuais. Temos seguro para PME, funeral, acidentes pessoais coletivos. São mais de 120 coberturas e serviços disponíveis para contratação. Ainda não temos 100% dos produtos do mercado, mas vamos chegar lá. Hoje, garanto que temos 80%”, citou.

Em 2017, a Tokio, que até então atuava apenas com seguro em grupo, entrou no seguro individual. São mais de 140 mil seguros ativos. Citou ser pioneira ao lançar, em 2020, antes do início da pandemia de Covid-19, o serviço de telemedicina no segmento individual, em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein. Dentro do cenário da pandemia, com o isolamento social, esse serviço ajudou muito a população em um momento tão conturbado. Em 2022, estreou no seguro-viagem internacional, com diferenciais no atendimento pré e pós-viagem. E os resultados avançam: o seguro de vida individual cresceu 19,8% em 2024, e o seguro-viagem, 92,4%.

Inovação, novos serviços e expansão em 2025

O ano de 2025 começou com tudo. A Tokio já lançou a viagem nacional, o serviço de apoio em caso de perda no seguro de vida individual, a declaração pessoal de saúde e a assinatura eletrônica no vida coletivo, além da assistência PET, telemedicina, orientação nutricional e psicologia no Vida PME, e a internacionalização da Tokio Marine Assistência.

Muito mais que uma questão de custo, o grande ganho veio na melhora da qualidade do atendimento. “Agora são funcionários da Tokio, e esperamos já no segundo semestre um upgrade significativo do NPS com a finalização da internalização do atendimento em todo o país, prevista para outubro”, citou.

Goldman citou que o desconto de 10% se o pagamento do seguro de vida for via cartão de crédito tem ajudado aumentar o tempo de permanência do cliente. “O nível de cancelamento era em média de 16%. Com o incentivo ao uso do cartão, passou para 11%, o que significa aumento da comissão da apólice pela maior permanência do segurado”.

Outro ponto destacado por Goldman foi o lançamento do simulador, que recebeu um valor significativo de investimentos da seguradora, desenvolvido internamente com a consultoria de Olivio Luccas, especialista em seguro de vida. O link é enviado ao corretor, para que ele encaminhe ao cliente. O objetivo é respeitar o tempo que corretor e cliente tem para elaborar e pensar em uma proposta, uma vez que o seguro de vida é um produto que exige um tempo maior para ser planejado. “As informações são totalmente protegidas por envolverem dados sensíveis, como renda, por exemplo”, garantiu Goldman.

Marcos Kobayashi, diretor comercial nacional varejo e vida da Tokio, redorçou o apetite da Tokio Marine pelo mercado de vida. “Graças a vocês, especialistas em vida, temos crescido nesse segmento. O apoio de vocês desde o início, que se dedicaram a nos contar o que realmente é importante ter em produtos, serviços e atendimento, nos ajuda a ser a especialista em pessoas, embalada por toda a tecnologia embarcada da companhia”, afirmou.

A diretoria comercial da Tokio conta com três diretorias comerciais, 56 sucursais, 500 colaboradores comerciais, 35 especialistas em seguro de vida, 110 assessorias e 2 mil corretores produtores de vida, relatou. “Investimos em formar especialistas em vida para atender o parceiro comercial que é especializado. Estamos dispostos a dar a vocês ferramentas para conscientizar seus clientes sobre a importância do seguro de vida e, obviamente, usar a tecnologia que preste o melhor atendimento aos seus clientes, para que eles tenham uma experiência que garanta a longevidade da carteira.”

Para falar da importância do seguro de vida no planejamento financeiro, a Tokio convidou Ana Leoni, CEO da Planejar – Associação Brasileira de Planejamento Financeiro, sócia cofundadora da BEM Educação e comentarista da Rádio CBN. “Do que as pessoas têm medo?”, indagou. Perda de um ente querido, doenças graves, falar em público e instabilidade financeira são os principais medos.

Apesar desses medos, há um tabu sobre o tema planejar o futuro. “A mesma pessoa que tem medo de uma doença grave acha que isso vai acontecer com o outro, e não com ela. E os tabus só são enfrentados com uma conversa franca sobre como encarar os desafios da vida financeira. As aflições não se resolvem numa planilha de Excel, pois todos lidam com o dinheiro de forma emocional. Gastar hoje numa roupa é mais sedutor do que guardar este dinheiro para ter benefícios no longo prazo, que nem sabemos como será. Precisamos de pessoas que nos ajudem a lidar com o dinheiro de forma racional, enfrentando os vieses cognitivos, equilibrando a razão e a emoção.”

Segundo ela, para o consumidor entender que o seguro de vida é um instrumento fundamental para o equilíbrio patrimonial, ele precisa da ajuda de especialistas. “Podemos ter uma alimentação saudável, praticar atividade física, mas isso não garante que não teremos problemas. A garantia financeira, sim, colherá os resultados. É o menos interessante de todos, mas é a única questão que, lá na frente, será uma a menos com a qual se preocupar. O desafio está em convencer as pessoas a se conscientizarem sobre os caminhos que precisamos trilhar para ter um futuro seguro, com liberdade financeira.”

Ana Leoni ressaltou aos parceiros comerciais que é preciso entender as particularidades e personalidades de cada pessoa. A depender de como ela encara a vida, pode ser incapaz de se projetar no futuro. Para algumas, o dinheiro é para hoje. Outras se planejam. Segundo ela, apesar de quase 60% da população brasileira pretender poupar e se planejar para a aposentadoria, apenas dois em cada dez brasileiros efetivamente já começaram uma reserva financeira para essa fase da vida. É o que aponta a 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa realizada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em parceria com o Datafolha.

“É fácil sentar com o cliente que sabe o que quer. Segundo pesquisas, só 20% dos brasileiros são planejadores. O desafio está em levar consciência para os 80% restantes. E depois de conquistados, é preciso ajudá-los, uma vez que eles confiam em vocês, a não cair na tentação de usar a poupança acumulada e perseverar com a proteção financeira”, afirma. “Vocês têm um papel fundamental para que as pessoas entendam que a responsabilidade pela aposentadoria é delas e de mais ninguém — nem do governo, nem do empregador. É urgente e necessário desenvolver o senso de autorresponsabilidade das pessoas”, ressalta. “Meu conselho é que se cultive um olhar generoso — e crítico ao mesmo tempo — sobre as próprias escolhas financeiras”, finalizou.

O Expertise Vida contou com uma mesa-redonda com mediação de Rosângela Spak, superintendente comercial Vida, e participação de Ana Leoni, Luciano Tane (especialista em Vida e Previdência), Rogério Araújo (especialista em Planejamento e Proteção Financeira) e Dr. Flávio Tocci, médico do Hospital Israelita Albert Einstein.