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Seguro residencial tem muito espaço para crescer

Dados da Susep apontam que apenas 15,8% dos lares brasileiros contam com uma apólice para protegê-los seguro

Apólice - 15 de Fevereiro de 2022

Dados da Susep (Susep (Superintendência de Seguros Privados) apontam que apenas 15,8% dos lares brasileiros contam com uma apólice de seguro residencial. Contudo, mesmo durante a pandemia, a carteira foi responsável pelo montante de mais de R$ 3 bilhões em prêmios para as seguradoras no Brasil em 2020.

O seguro residencial oferece proteção contra danos que acontecerem em um incêndio, em uma explosão ou implosão, por fumaça ou por queda de aeronave. Além das coberturas básicas, o cliente pode adicionar diversas outras coberturas e deixar o seguro mais completo, de acordo com suas necessidades, com opções como: cobertura para danos elétricos, alagamentos, danos em reformas, vidros quebrados em caso de roubo ou furto, danos a terceiros, auxílio funeral e até para danos em placa solar.

“Precisamos conscientizar as pessoas de que contratar o seguro residencial não será um gasto a mais no orçamento, mas sim uma ferramenta que dará amparo e tranquilidade para inúmeras situações de imprevisto com a casa, que em geral nos fazem ter gastos extras. Por meio do seguro, o sinistro pode ajudar o segurado com uma economia considerável no momento da ocorrência, já que o produto garante, por meio de um preço fixo, as coberturas para grandes e pequenos danos no imóvel”, diz Marcel Tornero, gerente de Ramos Elementares da Porto Seguro.

Com a pandemia, um grande número de pessoas passou a trabalhar no formato home-office, o que fez com que a população despertar para a importância da manutenção do imóvel. Segundo Marcelo Blay, VP de Seguros da Creditas e CEO da Minuto Seguros, além da proteção do patrimônio tão sonhado, é necessário proteger o local de trabalho. “Os corretores devem aproveitar seus clientes de outros ramos de seguro para fazer a venda cruzada. O momento é muito propício em função da pandemia, que trouxe a percepção que um risco não apenas pode comprometer o dia-a-dia da família que mora na casa, bem como a capacidade da pessoa poder continuar a trabalhar”.

Paula Erica Tassi, gerente de Produtos da HDI Seguros, afirma que para manter o setor crescendo é preciso adaptar não somente produtos, mas também serviços e processos, oferecendo cada vez mais comodidade e agilidade para os consumidores. “Mudanças de cenário são a oportunidade para inovar, e fazemos isso sempre com o olhar atento às necessidades dos clientes e do mercado como um todo. A seguradora precisa ter em seu portfólio um produto completo, que se adapte conforme o perfil do cliente. Os segurados precisam entender o valor agregado do produto para ter aderência, pois se isso não ocorrer a venda não se concretiza”, ressalta.

A Bradesco Seguros, por exemplo, seguiu investindo em tecnologia e pesquisa com objetivo de aprimorar a experiência de corretores e consumidores com os produtos, serviços e assistências da companhia. “Nos últimos meses, por exemplo, foram criados canais de atendimento, serviços e assistências emergenciais, reestruturação de processos já existentes, além de produto com coberturas combinadas (auto + residencial), como é o caso do Auto Lar. Nossa missão é ajudar o corretor a conquistar mais clientes e oferecer um atendimento rápido e eficaz ao consumidor”, afirma Raquel Cerqueira, superintendente de Ramos Elementares da empresa.

Recentemente a Susep flexibilizou as regras para criação de novos produtos, dando a oportunidade do mercado se preparar para esta e para outras inovações que virão. Blay acredita que o que limita o crescimento são questões ligadas à macroeconomia, pois o setor de seguros é muito correlacionado a índices de renda e de emprego. “Acho que campanhas institucionais feitas pelos órgão representativos da indústria, como os Sindicatos e Confederações possam ajudar muito nesse processo de popularização do seguro”, diz.