home / notícias / Setor ultrapassa R$ 100 bilhões de arrecadação no 1º tri

Setor ultrapassa R$ 100 bilhões de arrecadação no 1º tri

Segundo a CNseg, é a primeira vez que a marca é atingida nos três primeiros meses do ano

Valor Econômico - 10 de Junho de 2024

A arrecadação do setor de seguros, sem considerar saúde suplementar, alcançou R$ 103 bilhões no primeiro trimestre do ano, segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg). A cifra representa uma alta de 13,7% na comparação com o mesmo período de 2023.

De acordo com a CNseg, foi a primeira vez que a marca dos R$ 100 bilhões em prêmios de seguro, contribuições em planos previdenciários e faturamento de títulos de capitalização foi atingida nos três primeiros meses de um ano. Apenas em março, o montante foi de R$ 34,7 bilhões, 7,3% a mais que no mesmo mês de 2023.

O setor de seguros pagou no primeiro trimestre mais de R$ 56,9 bilhões em indenizações, benefícios, resgates e sorteios. O volume foi 5% inferior ao do mesmo período do ano passado. Conforme a CNseg, a queda ocorreu, principalmente, pela redução de R$ 3 bilhões no volume de resgates dos planos de previdência aberta da família VGBL, com redução de 9,9%.

O presidente da confederação, Dyogo Oliveira, afirmou que o desempenho dos planos de previdência aberta pode ser atribuído a um maior dinamismo da renda familiar e das condições do mercado de trabalho. Mas, em uma visão de longo prazo, o dirigente avalia que a queda de resgates ocorre devido a fatores como o aumento da preocupação com o futuro, particularmente com a aposentadoria, o envelhecimento e a necessidade de mais recursos por mais tempo.

Um dos destaques do período foi o seguro habitacional, contratado obrigatoriamente em financiamentos imobiliários tanto para aquisição quanto construção. O ramo avançou 10,7% no acumulado de janeiro a março, totalizando mais de R$ 1,7 bilhão em arrecadação.

Em termos de indenizações pagas, o produto retornou aos segurados R$ 412,5 milhões, 11,4% a mais que no primeiro trimestre do ano passado. O habitacional garante a quitação do saldo devedor do imóvel financiado, em decorrência dos riscos de morte e invalidez permanente do segurado e, caso ocorram danos físicos, para a reconstrução do imóvel financiado.