Com alta de 13% no 1º semestre, seguro residencial demonstra sua importância
Carteira arrecadou R$ 2,3 bilhões em prêmios nos primeiros seis meses de 2023, segundo FenSeg
Apólice - 13 de Setembro de 2023É fato que o brasileiro está mais atento quando o assunto é proteção à sua casa. Segundo a FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), no primeiro semestre deste ano o seguro residencial arrecadou R$ 2,3 bilhões em prêmios, valor 13% maior quando comparado ao mesmo período em 2022. Entre janeiro e junho de 2023, foram pagos R$ 679 milhões em indenizações.
As principais coberturas do produto, que são também as mais
contratadas, são incêndio, danos elétricos, vendaval, roubo e responsabilidade
civil. Além disso, existem os serviços de assistência que garantem socorro em
emergências domésticas e serviços do dia a dia.
“O interesse das pessoas em proteger as suas residências
aumentou após muitas delas transformarem seu lar em um espaço também de
trabalho. Este cenário começou a ser desenhado na fase mais crítica do
isolamento social e deve seguir, considerando que boa parte das empresas adotou
o modelo de trabalho híbrido. Ao permanecer mais tempo em casa, as pessoas
consequentemente usam mais a infraestrutura do imóvel”, afirma David Beatham,
diretor executivo de Automóvel, Massificados e Vida da Allianz Seguros.
De acordo com Beatham, entre janeiro e junho deste ano a
Allianz Seguros alcançou um Prêmio Emitido Líquido (faturamento) de R$ 96
milhões no seguro residencial, 16,4% a mais do que o registrado nos seis
primeiros meses de 2022. “Este crescimento está atrelado à expansão da cultura
de contratação para este tipo de seguro, como também à constante melhoria que a
empresa vem fazendo em seus produtos, processos e modelo de precificação, a
exemplo da criação de um novo pacote de assistência “Completo” e a mudança nos
pacotes do produto”.
Segundo Nicolas Ferrara, gerente de produto da Youse, no que
diz respeito às coberturas do seguro residencial da insurtech, incêndio, queda
de raio e explosão são obrigatórias e estão presentes em todas as apólices.
“Nossos dados revelam que, entre as coberturas não obrigatórias, o item de
maior destaque é o de danos elétricos, presente em 60,3% das apólices
analisadas. Em seguida, aparecem danos a terceiros (57,6%) e furto, extorsão e
roubo de bens (56,1%)”, afirma o executivo.
“Frequentemente realizamos estudos sobre o produto e a
experiência dos nossos clientes com o seguro residencial. Com as informações,
desenvolvemos uma apólice que ofereça a melhor jornada ao segurado.
Possibilitarmos que ele escolha onde e como quer fazer a contratação e gestão
de sua apólice, seja via aplicativo, web ou pelo nosso time de atendimento. O
seguro residencial pode ser uma ótima oferta para o corretor incrementar sua
carteira de ofertas para os consumidores”, reforça Ferrara.
Apesar do crescimento do seguro residencial, de acordo com a
FenSeg apenas 17% das residências do Brasil contam com uma apólice que oferece
proteção para incêndio, danos elétricos, vendaval, roubo e responsabilidade
civil. Isso representa 12,7 milhões de moradias com seguro. Para Andréa
Nogueira Soares, superintendente de Seguros Gerais Massificados da Mapfre, para
que a maior parte dos imóveis no País contem com um seguro é preciso que as
seguradoras olhem cada vez mais para as necessidades dos clientes finais,
atuando em melhorias e inovações para agregar cada vez mais valor ao seguro,
oferecendo benefícios e provocando o interesse dos proprietários e inquilinos.
“Precisamos mostrar para a população que o custo médio de um
seguro residencial é baixo quando comparado ao valor do imóvel, diferentemente
do automóvel, o que compensa a sua contratação quando pensamos na proteção do
patrimônio. A tendência é que as pessoas tenham cada vez mais conhecimento dos
benefícios do seguro residencial e do seu custo, além do valor agregado que as
assistências trazem ao produto, e assim, tenhamos, anos após ano, um aumento
nas contratações desse produto”, reforça Andréa.