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ANS estuda sandbox para planos de saúde mais simples

“O Sandbox, independente da modelagem de um plano, é fundamental para a inovação. Ele é um instrumento facilitador", diz executiva

Apólice - 13 de Maio de 2025

A Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS – já fez uma consulta pública para recolher sugestões da sociedade para a regulamentação de uma plano ambulatorial mais simples, restrito a consultas e exames. De acordo com a diretora-presidente interina da entidade, Carla de Figueiredo Soares, a ideia inicial seria a criação de um sandbox regulatório, um experimento controlado, vigiado, para estudar as possibilidades.

Há cerca de 20 dias, o presidente Lula falou sobre a criação de planos de saúde popular, para atender uma parcela da população que deseja a saúde privada, mas não tem condições financeiras, com parcelas de cerca de R$ 100. Carla Soares informa que a ANS participa do Colegiado de Gestão, que debate os temas prioritários da agenda do Ministério da Saúde, como a construção de políticas públicas. “A ANS está lá para fornecer subsídios, dados da saúde suplementar que sejam necessários para a construção destas políticas públicas”. Porém, ainda não há nada concreto.

Os resultados da consulta pública ainda não foram revelados. Entretanto, a ANS avança com o desejo de formatar seu Sandbox regulatório, baseado no manual elaborado pela AGU (Advocacia Geral da União). “O Sandbox, independente da modelagem de um plano, é fundamental para a inovação. Ele é um instrumento facilitador, com o qual é possível verificar, fazer reparos, modular. É diferente de uma regulação que você pensa, solta e depois fica difícil de corrigir a rota”, antecipa Carla.

Com os dados da consulta pública, a diretora-presidente pretende ter subsídios para atender a ânsia dos cidadãos.

Pelo lado das operadoras, Helton Freitas, presidente da Seguros Unimed, acredita que existe mercado para os planos populares. “Eu acho que tem espaço, portanto, esse mercado já existe, já tem grandes operadores, grandes empresas fazendo isso sem nenhuma regulamentação, de alguma forma competindo com o setor regulado. Acho que faz todo sentido que se estabeleça uma regra, um regramento”, pontuou o executivo.