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Mercado cresce 20% em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2022

Arrecadação alcançou R$ 31,2 bilhões no primeiro mês do ano. Alta foi puxada principalmente pelos ramos rural (+35%) e auto (28%)

O Globo - 29 de Março de 2023

O mercado de seguros teve arrecadação de R$ 31,2 bilhões em janeiro de 2023, um avanço de 19,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg). Os dados não incluem o seguro obrigatório DPVAT e o setor de saúde suplementar.

Os pagamentos de indenizações, resgates, benefícios e sorteios, por sua vez, subiram 1,5% no período, somando R$ 20,4 bilhões.

De acordo com a CNSeg, em janeiro, os ramos de maior destaque foram o rural, com crescimento de 35,3% na arrecadação; automóvel, com alta de 28,7%; crédito e garantia, com 28,2%; e os planos de acumulação com cobertura de pessoas, que tiveram alta de 20,8%.

Nestes últimos, que incluem os planos de previdência privada, os resgates e benefícios em janeiro foram da ordem de R$ 11,9 bilhões, alta de 17,6% em um ano, e mais da metade do volume de resgates do mercado no mês.

'Além de prover renda de caráter previdenciário, admitem a possibilidade de o participante resgatar a reserva acumulada, destinando-a conforme a sua necessidade como, por exemplo, complemento da renda, ou para a realização de projetos pessoais futuros', diz em nota o presidente da CNSeg, Dyogo Oliveira.

Entre os planos de previdência, o VGBL teve alta de 21,1% na arrecadação em janeiro; no PGBL, o crescimento de arrecadação foi de 16,8%. O VGBL, que não é deduzido da base de cálculo do imposto de renda de pessoa física no período de contribuição, responde por 94% da arrecadação do segmento.

O setor tem se debruçado sobre o Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros, Previdência Aberta, Saúde Suplementar e Capitalização (PDMS), lançado oficialmente neste mês. O setor busca, através do plano, aumentar em 20% a parcela da população que é atendida pelos produtos. Também quer elevar de 4,6% do PIB para 6,5% os pagamentos de indenizações, ambos até 2030.

Oliveira estima que, com o Plano, o setor chegue a 10% do PIB nacional no final da década. 'O Plano foi criado a partir da percepção de que o setor pode gerar mais reservas para a poupança nacional e direcionar mais recursos para importantes projetos nacionais, ao apoiar iniciativas públicas e privadas', afirma ele.