Apagão cibernético será um teste significativo para o mercado de re/seguros, avalia Guy Carpenter
Especialistas da Guy Carpenter, braço de corretagem de resseguros da Marsh McLennan (MMC), afirmam que a recente interrupção global de TI causada por uma atualização de software da CrowdStrike pode impactar diversas linhas de seguro além do risco cibernético. O evento, que resultou da falha do produto Falcon Sensor, será um teste significativo para o mercado de seguros e resseguros cibernéticos.
A análise da Guy Carpenter destaca a importância de avaliar
dependências da cadeia de fornecimento e recalibrar as tolerâncias ao risco. A
cobertura cibernética, que abrange interrupções de negócios resultantes de
falhas de rede, deve considerar o período de espera das políticas, geralmente
entre 4 e 12 horas.
A corretora alerta para o risco de agregação inesperada de
perdas em tecnologias amplamente utilizadas, que podem levar a eventos
sistêmicos com múltiplos sinistros. A renovação de resseguros cibernéticos tem
se focado em coberturas de catástrofes direcionadas, refletindo mudanças no
comportamento de compra.
O evento pode afetar também as linhas de produtos D&O e
P&C. Ações de empresas afetadas podem cair, incentivando ações coletivas,
enquanto dificuldades para restaurar operações podem resultar em ações
judiciais por violação do dever fiduciário.
No resseguro de P&C, a integração contínua de TI pode
levar a consequências físicas de falhas tecnológicas. Apólices que não excluem
explicitamente riscos cibernéticos podem ficar expostas a lesões corporais ou
danos materiais devido a falhas de sistema.