Sócio de Penteado Mendonça e Char Advocacia e Presidente da Academia Paulista de Letras
VIERAM, VIRAM E VENCERAM
Não há como negar. As insurtechs vieram, viram e venceram. Estão aí mostrando serviço e o fazem com competência, profissionalismo e geração de valor. 28 de Julho de 2023Não há como negar. As insurtechs vieram, viram e venceram. Estão
aí mostrando serviço e o fazem com competência, profissionalismo e geração de
valor. O evento “CQCS Insurtech & Inovação”, acontecido esta semana
em São Paulo, não deixa dúvida a respeito, ao contrário, com seu altíssimo número
de participantes, ele consolida a certeza de que essas empresas têm muito a
contribuir com um mercado em desenvolvimento acelerado, onde a inovação é a
chave para a adoção de soluções capazes de abrir portas para uma série de
avanços que apontam na direção das premissas colocadas pelo mercado, entre elas,
dobrar de tamanho em poucos anos e o ano de 2030 como um marco, no qual o total
das indenizações pagas será igual ao faturamento do setor em 2023.
É complicado, mas é factível. A colaboração entre as companhias
tradicionais e as insurtechs deve inclusive acelerar o processo,
trazendo mais eficiência para o dia a dia do mercado, em favor, antes de todos,
do consumidor de seguros, que terá produtos mais amigáveis, simples e
eficientes cobrindo a grande maioria das suas necessidades de proteção.
As insurtechs não são apenas seguradoras mais leves, com
capacidade de adaptação maior do que a das companhias de seguros tradicionais.
Algumas até são, mas a maioria delas é de empresas que atuam fornecendo serviços
e tecnologias que facilitam e barateiam a operação das seguradoras clássicas,
numa conta ganha/ganha que permite uma velocidade maior na modernização
indispensável para o seguro brasileiro estar conectado com as efetivas
necessidades de proteção da sociedade.
Em época de mudanças climáticas, pandemias, riscos cibernéticos, novas
formas de trabalho e relações empresariais, é indispensável que as operações de
seguros se desenrolem com rapidez e segurança. É aí que as insurtechs
fazem a diferença. Enquanto as seguradoras, por conta de seu desenho, têm uma
maior lentidão em suas operações, as insurtechs, pelo seu modelo
empresarial, foco em inovação e uso intensivo das ferramentas de tecnologia,
com ênfase na inteligência artificial, podem focar em soluções de alto
desempenho, desenvolvendo e implantando produtos que aumentam a velocidade e a
efetividade das operações de seguros em geral.
Desde antes da contratação da apólice, a presença das insurtechs,
atualmente, já é marcante. A criação de novos produtos, turbinados pelas
soluções tecnológicas, e uso massivo da inteligência artificial desenvolvida
por elas, colocados à disposição das seguradoras e dos corretores de seguros,
tem resultado num mercado inovador, no qual novos produtos de proteção surgem
incessantemente, agregando a eficiência operacional a um custo
proporcionalmente mais barato para o consumidor.
Graças às diversas parcerias entre seguradoras e insurtechs, as
primeiras, hoje, tem mais tempo e disponibilidade para focarem no seu
planejamento estratégico, enquanto as segundas se encarregam de fornecerem as
ferramentas necessárias para a operação correr azeitada. Assim, entre secos e
molhados, ganham todos, as seguradoras, as insurtechs e, principalmente, os
segurados.