
Nova cultura do brasileiro impulsiona seguro de vida
Entrevista com Alfeo Marchi, diretor de mercado da MAG SegurosNo início de 2021, a MAG Seguros registrou um crescimento de
mais de 35% na contratação de seguro de vida ao mesmo tempo em que observou aumento
de 36% em novos clientes com até 30 anos de idade. O resultado confirmou uma
tendência que vem desde o ano passado, quando houve alta de 15% nas vendas
novas na comparação com 2019.
Alfeo Marchi, diretor de mercado da companhia, atribui o desempenho a uma “mudança de cultura
e aumento da conscientização do brasileiro em torno do planejamento financeiro
para o seu futuro”. De acordo com o executivo, a pandemia vem diminuindo a
resistência história da população em investir parte da renda – “mesmo que seja
pequena” – na segurança financeira. “O que acontecerá à minha família se eu
faltar?”, as pessoas têm se perguntado, diz Marchi.
“Acreditamos que o seguro de vida continuará crescendo e
ganhando cada vez mais espaço na vida dos brasileiros. Nós continuaremos a
lançar cada vez mais produtos atendendo às diferentes necessidades e aos mais
diversos nichos e perfis”, afirma o executivo.
Veja a entrevista a seguir.
Sindseg SP - A MAG percebeu aumento de
interesse do brasileiro pelo seguro de vida durante a pandemia? Isso refletiu
nos números de vendas e clientes?
Alfeo Marchi - A MAG Seguros apresentou um
crescimento de 14% em vendas novas no ano de 2020, em comparação com o mesmo
período de 2019. Já no primeiro trimestre deste ano, a seguradora registrou
aumento de 35,8% na contratação de seguro de vida risco no país. Essas altas
refletem uma mudança de cultura e aumento da conscientização do brasileiro em
torno do planejamento financeiro para o seu futuro. Isso porque, desde o ano
passado, estamos sendo cada vez mais impactados pela necessidade de estarmos
protegidos e isso fez com que as pessoas entendessem mais a real importância do
seguro de vida.
Sindseg SP - Houve mudança na percepção de risco das
pessoas?
Alfeo Marchi - Antes da pandemia, os brasileiros não
possuíam a cultura de comprar seguros de vida devido a múltiplos fatores, sendo
um dos mais importantes o legado cultural e comportamental de a maior parte das
pessoas e famílias não investirem parte da própria arrecadação, mesmo que
pequena, na sua segurança financeira.
A pandemia veio questionar esse conjunto de crenças e
comportamentos com uma pergunta simples: “o que acontecerá à minha família
quando eu faltar?”. Tendo que lidar com mortes diárias sendo noticiadas na televisão
e nos jornais, muitos buscaram uma forma de garantir a segurança financeira da
família, caso faltassem algum dia.
O setor brasileiro de seguros de vida segue crescendo, mas
ainda tem uma contribuição muito baixa para o PIB, mesmo quando comparado com
outros países da América do Sul. De acordo com o 7º Relatório de Análise e
Acompanhamento dos Mercados Supervisionados (SUSEP), o percentual de prêmios de
Seguros de Vida (Risco) sobre o PIB brasileiro foi de apenas 0,65% em 2019,
refletindo uma contribuição para o PIB per capita de R$223. Esse percentual é
acrescido pelos produtos de Acumulação, somando 2,43% do PIB (R$838 per
capita).
Estes números refletem o enorme potencial de crescimento que
o nosso segmento tem no país, principalmente no mercado de risco. Na realidade
este é um comportamento característico de países em desenvolvimento, como o
Brasil. Nos países desenvolvidos, o crescimento do PIB foi tipicamente
acompanhado por um aumento da importância do segmento de Vida e Previdência
dentro desse indicador.
Sindseg SP - Houve mudança no perfil dos
clientes? E como os produtos estão sendo desenvolvidos para atender as novas
exigências do público?
Alfeo Marchi - Percebemos um aumento da procura do
seguro de vida por um público mais jovem. A seguradora registrou um crescimento
de 36% de novos clientes com até 30 anos de idade quando comparado o primeiro
quadrimestre de 2021 e 2020. Quando olhamos as coberturas mais contratadas por
eles, podemos citar aquelas principalmente voltadas à sobrevivência e impacto
de renda em razão de problemas com a saúde, como Diária por Incapacidade
Temporária, Doenças Graves, Cirurgias e Diária por Internação Hospitalar.
Sobre o desenvolvimento dos produtos, a MAG Seguros tem um
dos mais completos e flexíveis portfólios de seguro de vida individual e
coletivo do mercado brasileiro, que atende a diversas necessidades frente aos
quatro riscos sociais aos quais todos estão expostos: morte, invalidez,
bem-estar e sobrevivência.
Os 186 anos de atuação ininterrupta no Brasil permitem que a
companhia conte com larga experiência para desenvolver soluções modernas e
aderentes aos diferentes perfis e conforme com o contexto socioeconômico do
país.
No ano de 2020, a companhia lançou mais de 15 novas
coberturas. Vale destacar a inédita linha Vida Toda Bem-Estar, que além de
oferecer proteção de Doenças Graves, garante uma série de assistências para
contribuir com que o segurado cuide se sua saúde, como a telemedicina.
Outro produto foi o Master Acidentes Domiciliares, voltado
para garantir cobertura para pessoas 60+ diante de acidentes pessoais em casa.
Esse seguro também oferece diversos serviços assistenciais, como a
reorganização de móveis e instalação de barras de segurança no banheiro.
Sindseg SP - Como será o seguro de vida
daqui a dez anos e como a MAG estará inserida nesse mercado?
Alfeo Marchi - Acreditamos que
o seguro de vida continuará crescendo e ganhando cada vez mais espaço na vida
dos brasileiros. Nós continuaremos a lançar cada vez mais produtos atendendo às
diferentes necessidades e aos mais diversos nichos e perfis. A companhia
também seguirá investindo forte em inovação e tecnologia, que está no nosso
DNA. Em relação ao comportamento de mercado, entendemos que a indústria vai
continuar apresentando uma alta de demanda e gerando cada vez mais
oportunidades de negócios para as seguradoras nos diferentes modelos de
negócio.