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Indenizações pagas por seguro habitacional no 1°semestre atingem volume total de 2023

Alta de 94%, com calor de R$ 1,4 bilhão, foi puxada pela catástrofe no RS

Valor Econômico - 17 de Setembro de 2024

As indenizações relacionadas ao seguro habitacional cresceram quase 94% no Brasil no primeiro semestre de 2024, somando R$ 1,4 bilhão. O volume é o mesmo pago em todo o ano de 2023, conforme números da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) divulgados nesta segunda-feira. O aumento é relacionado à cobertura de perdas causadas pela enchente no Rio Grande do Sul, segundo a entidade. O desastre ocorreu no início de maio e afetou 2,3 milhões de pessoas, deixando mais de 600 mil delas fora de casa.

O seguro habitacional é atrelado às operações de financiamento imobiliário e garante, no mínimo, a quitação do saldo devedor do imóvel financiado, em decorrência dos riscos de morte e invalidez permanente do segurado.

A cobertura também inclui a reconstrução do imóvel em caso de danos físicos causados por incêndio, raio, explosão, inundação ou alagamento, vendaval, destelhamento, desmoronamento total ou parcial e ameaça de desmoronamento.

No primeiro semestre, a receita das seguradoras com esse produto chegou a R$ 3,5 bilhões, 10,4% a mais que no mesmo intervalo de 2023. No ano passado completo, essa arrecadação somou R$ 6,4 bilhões.

O volume de pagamentos do mercado segurador atendendo aos avisos de sinistros relativos às enchentes no Rio Grande do Sul chegou a R$ 5,6 bilhões no fim de julho, mas deve alcançar de R$ 6 a R$ 8 bilhões, de acordo com estimativas da CNSeg. Se isso for confirmado, o volume de sinistros pagos vai superar as indenizações decorrentes da pandemia de covid-19, de cerca de R$ 7 bilhões. Até o fim de julho, as seguradoras receberam 57 mil avisos de sinistro relacionados ao evento no Rio Grande do Sul.