Fernando Haddad defende diálogo para aprimorar setor de seguros
"Se adotarmos o diálogo como premissa, tivermos abertura para sentar à mesa e negociar os textos de lei, podemos aprimorar a legislação e permitir que os seguros se desenvolvam no Brasil”
Sonho Seguro - 11 de Outubro de 2024O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu o diálogo para desenvolver o setor de seguros no Brasil. A declaração ocorreu na abertura do 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, realizado nesta quinta-feira no Rio. Tem uma coisa mais importante do que as nossas divergências, que é a reconstrução do Brasil”, disse Haddad, que foi vaiado pelo público.
“Eu não sei quantos políticos trabalharam para o setor de
seguros, mas eu tenho certeza que a contribuição que eu dei como professor
universitário supera muitas pessoas que vocês admiram e que talvez não tenham
entregado absolutamente nada durante a sua vida pública”, disse o ministro,
informa a CNN.
O presidente da Fenacor, realizadora do evento, Armando
Vergílio, chamou a atenção dos congressistas e pediu respeito. “Há muito eu não
via um ministro da Fazenda tão interessado verdadeiramente em solucionar os
problemas do setor e fazer o setor crescer”, disse.
Haddad afirmou ainda que há uma agenda “importante” no
Congresso Nacional, com o resgate de um Projeto de Lei “que estava há 20 anos
parado”, em menção ao Marco Legal dos Seguros, criado para modernizar e
aprimorar as regras de contratos de seguros, aprovado em junho deste ano no
Senado Federal.
Segundo ele, o projeto foi refeito pelo secretário de
Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, e pelo
superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Alessandro
Octaviani, junto com agentes do setor. “Todo mundo sentou à mesa, revisamos o
texto, e o Senado, que estava há 20 anos para decidir, tomou a decisão de
aprovar o texto, e, agora, volta para a Câmara para a deliberação final”,
disse.
“Se nós adotarmos o diálogo como premissa, tivermos abertura
para sentar à mesa e negociar os textos de lei, nós podemos aprimorar a
legislação e permitir que os seguros se desenvolvam no Brasil como se
desenvolve em outros países”, disse. O ministro acrescentou que a Lei vai
“ajudar muito” os corretores de seguros. “Nós estamos afastando uma série de
incertezas que o segurado tem na hora de assinar um contrato. Os prazos, as
informações que ele presta para a seguradora, tudo isso está disciplinado na Lei
para oferecer garantia.”
Também participaram da abertura do evento os governadores do
Rio, Cláudio Castro (PL), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o
presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, o
presidente da escola de Negócios e Seguros (ENS), Lucas Vergílio, e o
presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello Filho
e do superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep),
Alessandro Octaviani.
A plateia tinha a presença de parlamentares como o senador
Flávio Bolsonaro (PL), a deputada federal Soraya Santos (PL) e o deputado
federal Hugo Leal (PSD).
O 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros ocorre
no centro de convenções Expo Mag, no Centro do Rio de Janeiro, até o próximo
sábado (12).