Ardonagh conclui compra da MDS e quer crescer no Brasil via aquisições
O Ardonagh é o maior grupo de corretagem independente do Reino Unido
Valor Econômico - 06 de Dezembro de 2022A compra da corretora de seguros, resseguros e consultoria de risco MDS pela Ardonagh, maior grupo de corretagem independente do Reino Unido, fortalece a estratégia da companhia de crescer no Brasil via aquisições. Anunciado há um ano, o negócio foi concluído na semana passada. 'Além de o Brasil ser a operação da MDS com o maior potencial, também é muito fragmentado', disse ao Valor o presidente da empresa, José Manuel Fonseca.
Há a possibilidade de crescimento nas regiões em que atua no
país e também o que o executivo chama de 'aquisição de especialização',
ou seja, empresas muito especialistas, de setores como agronegócio e
engenharia, por exemplo.
Em janeiro, a MDS comprou a CredRisk, especializada em
seguro de crédito. 'Procuramos brokers muito fortes em áreas que também
somos fortes, mas que podem nos ajudar a serem melhores, que venham reforçar a
operação que já temos', acrescenta Fonseca.
A MDS tem origem portuguesa, com sede em Porto, onde foi
criada há mais de 30 anos. No Brasil, afirma ser a maior corretora independente
e atua também em Angola, Moçambique, Espanha, Suíça e Malta. A MDS operará como
parte da Ardonagh Global Partners, lançada em janeiro de 2021 para apoiar suas
ambições de crescimento.
A MDS gera mais de 900 milhões de euros em prêmios de
seguros para 1,2 milhão de clientes privados e empresariais. A equipe de gestão
liderada por Fonseca se manterá no negócio, com foco na expansão em todas as
regiões em que atua. AArdonagh foi fundada em 2017 e hoje é uma das 20
principais corretoras de seguros globais.
'O primeiro objetivo de crescimento por aquisição, pela
MDS, é nos mercados onde estamos. Seguramente acontecerão operações nestes três
mercados e algumas no curto prazo. O Brasil é o mais importante mercado deste
ponto de vista', afirmou Fonseca.
No momento de desaceleração da economia mundial, o Brasil
apresenta oportunidades, como em áreas como seguro de infraestrutura e grandes
riscos, acrescentou Ariel Couto, que comanda a operação no Brasil. 'Há
algum tempo não temos grandes investimentos e temos que esperar a partir do ano
que vem. A atividade de seguro é consequência da economia', disse.