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Setor de seguros na AL é o que mais cresce no mundo, diz McKinsey

O levantamento envolveu dados de nove países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Panamá e Peru, relativos a 2022

Valor Econômico - 15 de Setembro de 2023

O mercado de seguros da América Latina é o que mais cresce no mundo em termos percentuais, mostra pesquisa da McKinsey antecipada ao Valor. O levantamento envolveu dados de nove países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Panamá e Peru, relativos a 2022. De acordo com o estudo, entre 2011 e 2022, o segmento de seguros “não vida” na América Latina, ou seja, os ramos que protegem patrimônios, mais que dobrou de tamanho. Já os pessoais, como o seguro de vida, mais que triplicou. No ano passado, o mercado da América Latina registrou uma arrecadação, medida em termos de prêmios brutos subscritos, de US$ 174 bilhões, crescimento de 16% ante o ano anterior. 

Conforme o relatório, além do forte crescimento do prêmio, a América Latina é altamente lucrativa quando mensurada pelo retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) ante a média global. De acordo com a análise, o ROE da América Latina foi de 22% em 2019 e de 17% em 2022, frente às médias globais de 10% e 9%, respectivamente. 
Para o sócio sênior da McKinsey, João Bueno, o mercado securitário na região representa uma oportunidade tanto às companhias globais quanto locais, porque “além de crescer dois dígitos ao ano [em arrecadação], os números de penetração de seguros em relação ao PIB estão bem abaixo das taxas vistas em países desenvolvidos”. 

De acordo com o especialista sênior, Christopher Craddock, um dos responsáveis pelo estudo, a diversidade de maturação dos mercados na América Latina reflete os desafios estruturais de cada país. “Existem vários níveis de maturidade na região. Tem um grupo mais desenvolvido, que inclui Brasil e Chile, e outro menos desenvolvido, como Peru e Equador. O que explica esses graus são desafios estruturais que a indústria precisa superar, como renda, cultura de seguro e inclusão financeira.”